Dia 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher, e por vezes, podemos deixar essa data passar nas casas espíritas, sem dar muita atenção a ela. Afinal, espírito não tem sexo, não é mesmo?
Apesar da resposta para esta última pergunta ser sim, precisamos entender que estamos encarnados na Terra, onde ainda ocorre uma grande desigualdade entre os gêneros, e se somos todos irmãos, por que tanta diferença?
Muitas vezes assistimos estudos sobre as grandes personalidades espíritas, e, nesses momentos, a grande maioria, senão todas as pessoas citadas, são homens. Não que essas pessoas que são citadas não sejam realmente exemplos e referências, afinal Jesus, Kardec, Chico e tantos outros, contribuíram e muito para o Espiritismo que conhecemos hoje, e que inclusive nos permite essas reflexões que estamos fazendo. O maior ponto, é que, muitas vezes, esquecemos que importantes mulheres também fazem e fizeram parte dessa história, e por isso, acabamos negligenciamos o estudo da biografia delas.
Hoje, traremos aqui, pequenas biografias de algumas mulheres da história do Espiritismo, para que assim, possamos conhecê-las um pouco mais!
Célia Xavier
- Nasceu em 1916 e desencarnou em agosto de 1943.
- Segundo a irmã, era uma jovem alegre, trabalhadora e muito religiosa.
- Célia foi diagnosticada com “problemas no fígado” (um câncer mal-diagnosticado para a medicina da época), que levou ao seu desencarne.
- No leito de sua morte, Célia viu vários desencarnados, e também demonstrou muita simpatia e humildade.
- Posteriormente, alguns espíritas amigos do casal Xavier os incentivou a construir um Centro Espírita em homenagem à memória da filha, a Associação Espírita Célia Xavier.
Amélie-Gabrielle Boudet - ou Gaby
- Nasceu em 23 de novembro de 1795 e desencarnou em 21 de janeiro de 1883.
- Professora, poetisa e artista plástica.
- Casou-se com o professor Rivail.
- Grande incentivadora dos trabalhos da codificação e difusão do Espiritismo.
- Após o falecimento de Allan Kardec, em 1869, assumiu todos os encargos necessários à gestão do Espiritismo, na França e no mundo.
Irmãs Boudin, Ruth Japhet, Aline Carllote e Ermance Dufaux
- Allan Kardec contou com o auxílio de jovens médiuns que foram: Julie Boudin, Caroline Boudin, Ruth Japhet, Aline Carllote e Ermance Dufaux.
- As 501 perguntas da primeira edição do Livro dos Espíritos foram quase todas psicografadas pelas Irmãs Boudin.
- Ruth Japhet, Aline Carllote e Ermance Dufaux, junto com as Irmãs Boudin, auxiliaram no processo de revisão das respostas do Livro dos Espíritos e na psicografia das respostas da segunda edição do livro, com 1019 perguntas.
Irmãs Fox
- Em 1848, em uma casa “mal-assombrada” no pequeno povoado de Hydesville, ocorreram fenômenos mediúnicos (batidas e pancadas nas paredes), através da mediunidade das Irmãs Fox.
- Tentando comprovar que elas eram uma farsa, cientistas as submeteram a testes e experiências cruéis.
- Apesar disso, em 1904, ficou comprovada a história com a descoberta do esqueleto encontrado na antiga casa.
Marlene Nobre
- Nasceu em 1937 e desencarnou em 2015.
- Fundadora do C.E. Cairbar Schutel e da Associação Médico-Espírita, ambos em São Paulo.
- Fundou o jornal e a Editora Folha Espírita, além de ser autora de vários livros.
Zilda Gama
- Nasceu em 1878 e desencarnou em 1969, no Rio de Janeiro.
- Em 1912, recebeu interessante mensagem assinada por Allan Kardec.
- Ela psicografou vários livros, inclusive de Victor Hugo, todos publicados pela FEB.
- Ela foi a primeira, no Brasil, a receber tão vasta literatura do mundo espiritual.
- Dedicou toda a sua longa existência ao propósito de difundir no Brasil a consoladora doutrina dos espíritos.
- Em 1931, quando no Brasil houve intenso movimento em prol dos direitos femininos, Zilda Gama foi autora da tese sobre o voto feminino, aprovada oficialmente no Congresso Nacional do Brasil
Essas são apenas algumas das mulheres que marcaram a história do espiritismo. E esse não é um esforço para que conheçamos tudo sobre todas apenas em um texto, mas sim para que nossa curiosidade desperte para pesquisar sobre essas e tantas outras mulheres.
Precisamos valorizar essas histórias, dar voz às mulheres, buscar que o movimento espírita preze, cada vez mais, por essa igualdade que, infelizmente ainda é difícil de ser encontrada no mundo. E, que essas mulheres não fiquem apenas na nossa memória, mas sirvam como exemplo para todas e todos nós!
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