sexta-feira, 2 de julho de 2010

Fala, Rapeizi! - Ed. 17


Campanha da Fraternidade: princípios morais e ética

Todo ano somos informados de uma campanha fraterna, que sempre trata de um tema diferente. Mas afinal, qual é a finalidade da Campanha da Fraternidade e qual a influência dela na minha vida? O que esta campanha de iniciativa católica tem de importante para um espírita? E por que tratar deste assunto quando o principal mês da Campanha da Fraternidade já passou?

Todas são perguntas que você pode estar se questionando ou, em algum momento, deve ter se deparado com elas. Ou então elas nem passaram por sua mente, mas por que não passar agora?! Às vezes, o questionamento é o melhor caminho para um bom entendimento!

Começaremos pela finalidade desta campanha, que é despertar o espírito comunitário na busca do bem, da justiça e do amor, tratando de um tema carente ou de urgência; o que já é um ótimo começo se considerarmos a boa intenção e a iniciativa de promover a conscientização da população.

O interessante é que o tema abordado pela campanha está sempre de acordo com a necessidade da sociedade, como um todo. Neste ano, por exemplo, o tema escolhido foi “Economia e Vida” e o lema foi “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Essa questão está muito presente na nossa vida, principalmente devido ao nosso costume de valorizar mais os bens materiais do que os valores morais. Mas sabemos que é preciso rever estas atitudes, se almejamos o aperfeiçoamento.

Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2010

Dito isso, pergunto-me se é necessário explicar a influência de algo com tamanha grandeza. Mas, em todo caso, deixo aqui uma reflexão: o que mudaria em minha vida se todos os aspectos que dizem respeito ao bem estar da sociedade fossem esclarecidos e cada um de nós fosse sensibilizado a fazer a sua parte na busca pela justiça?

Creio que, com essas questões comentadas, há mais uma linha de pensamento para traçar. Afinal, como ligar isso ao espiritismo? Fácil! Tudo o que esta campanha pretende são, igualmente, as idéias centrais encontradas no espiritismo: a caridade, a justiça e o amor. Por isso essa campanha não é reservada a um grupo restrito, mas a todos aqueles que compartilham dos mesmos objetivos. Já que os valores e as atitudes propostas pela campanha são para a vida toda, deve-se tratar de tal assunto em qualquer época.

E onde a ética entra no meio de tudo isso? A ética é uma das principais bases para que o real objetivo da Campanha da Fraternidade se concretize. Isso porque a ética nada mais é do que agir de acordo com a sua consciência e procurar fazer sempre o certo, independente da situação. E isso não é nada, pelo contrário, é o segredo de tudo; já que devemos ir além da teoria, colocando-a em prática com boa vontade e boa intenção.

2 comments:

Marcus Vinicius disse...

É sempre bom ler um Fala Rapeizi! Essa coluna reforça um dos mais importantes conceitos que fundamentam nossos encontros aos sábados: "A Mocidade é feita pelos jovens".

O artigo da Giulia trouxe um brilho especial ao Blog, ao inserir no contexto de sua inteligente argumentação a Campanha da Fraternidade 2010.

Ter estampado em nossa página principal o cartaz da divulgação mais expressiva da Igreja Católica, nos remete a um dos pilares do Espiritismo: o RESPEITO por outras crenças.

O texto da querida jovem do II Ciclo acendeu a memória com minha frase preferida dita por Kardec: "O Espiritismo não se impõe, aceita-se"[1], exemplificando a todos nós que o conhecimento, de origem religiososa ou não, é algo a ser buscado, extraindo dele o que há de melhor para abrandarmos nosso coração, propiciando a esperança de viver em sociedade o tão sonhado "mundo melhor".

"Afinal, como ligar isso ao espiritismo?", pergunta Giulia, de forma conclusiva. A resposta, trazida por ela mesma, são os elementos que superam qualquer diferença nas compreensões da fé: "a caridade, a justiça e o amor".

Parabéns, Giulia!

Abração.
Papa.
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[1] - Revista Espírita, edição de março de 1864, artigo "Resumo da pastoral do Sr. bispo de Estrasburgo.

Leco disse...

Parabéns pela materia. texto muito bem feito e contagiante