segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Década de 80: o amadurecimento de um ideal


A Mocidade AECX sempre mostrou a sua força de trabalho através dos anos. Apresentava-se em todas as atividades desenvolvidas pela Casa de Célia Xavier. Fosse na pesagem, na visita a creches, a presídios, a hospitais, na Colônia Santa Isabel (tarefa dirigida pelo ‘Seu Pereirinha), em Caminhos para Jesus, no Floramar, na campanha do quilo, nas campanhas da Casa durante todo o ano - lembrando aqui a campanha do agasalho, a festa junina, a campanha do Natal, entre outras - lá estavam os jovens da Mocidade mostrando sua disposição para os trabalhos, conduzindo-os com muita seriedade, disciplina e muito amor.


Jovens em tarefa na Casa de Célia

Quando da divisão em diferentes ciclos por idade, lá estavam os jovens, frente de trabalho, dedicando-se como voluntários e colocando em prática o “amai-vos e instrui-vos”. E a rapeizi da Eterna Mocidade estudava pra valer. Assumia os ciclos, fazia estudos e enfrentava cedo as palestras públicas, mostrando muita vontade de aprender e real envolvimento nos estudos da Doutrina.






Ciclo da Mocidade de Célia Xavier. Nas fotos acima podemos identificar José Roberto, Márcio e Alfredo, jovens atuantes nos ciclos, na década de 80, e freqüentadores da casa até os dias de hoje

Uma época muito marcante, considerando-se as tarefas realizadas, era a dos Natais da Casa Espírita Célia Xavier, dos quais muitos se lembram com saudade, e que chegaram a beneficiar, em tempos mais fartos, até mais de 1.500 famílias assistidas. O trabalho começava às 8hs da manhã e terminava em torno das 23hs30 ou quase meia-noite. Esse trabalho era dirigido pela Marlene e pela Nenzinha, irmãs que uniam forças, disposição e muita alegria para a realização do trabalho árduo junto aos jovens que se entregavam, literalmente, de corpo e alma. E era com a alma leve, radiante, que faziam a prece final depois de se abraçarem, tendo entregado o último farnel abarrotado de alimentos e de carinho sincero no qual eram envolvidos.

Certa vez, em um desses Natais, erm que a entrega dos mantimentos já acontecia no Lar Espírita Esperança, Raul Teixeira trouxe os jovens da Sociedade que dirige, em Niterói, para que eles também pudessem desfrutar desse banquete de luz. Vários casais da casa de Célia Xavier ficaram responsáveis por hospedar um, dois ou três desses jovens durante os dias em que estes permaneceram em Belo Horizonte. O trabalho foi grandioso, banhado pelo suor e pelas lágrimas dos participantes que se uniram em um só ideal. A emoção tomou conta de todo o grupo, envolvendo as duas Mocidades que, naquele instante, tornaram-se um só grupo, uma única Mocidade, que se realizava intimamente por trabalhar na Seara do Cristo. Mesmo durante o momento em que cantavam com as famílias no LEE, ou quando assistiam às apresentações teatrais, antes mesmo da entrega dos farnéis, os trabalhadores não conseguiram se conter e entre sorrisos e lágrimas concluíram a tarefa daquela noite, absorvendo a alegria do ambiente, compartilhada com os Amigos Espirituais, certamente presentes naquele momento abençoado.

O famoso "esquinão", que até hoje faz sucesso após os encontros, aos sábados

Acompanhe agora, através dos vídeos que seguem, relatos de alguns companheiros que integraram a Mocidade durante a década de 80. Eles falam da força do trabalho que os movia e os tornava tão felizes por se sentirem úteis e ativos nas atividades que a Casa de Célia oferecia. A frase “Que fazeis de especial” era sentida e vivenciada com intensidade.

Vídeo 1: Fátima Delgado fala sobre a firme atuação da Mocidade tanto nos estudos quanto nas tarefas, além das amizades formadas que estão fortes até hoje. Este vídeo contém uma curiosidade: Fátima relata o retorno da Mocidade AECX para o sábado.



Vídeo 2: Sandra Conde relata sua chegada à Mocidade AECX em 1970 e como rapidamente já estava inserida nas atividades da Casa. Lembra também as palestras de Divaldo Franco e Raul Teixeira junto aos jovens no Célia Xavier.



Vídeo 3:O casal Dalva e Márcio Xavier revivem suas lembranças na Mocidade AECX e como os estudos refletiam no dia-a-dia. Eles rememoram também as saídas pós-mocidade, que marcaram época. As tarefas também são bastante citadas.



Você Sabia?

1. Que a Casa de Célia Xavier, na década de 80, oferecia, às terças-feiras à noite, a tarefa de confecção de tapetes (ponto cruz), coordenada pelo Ivan Capdeville, jovem assíduo da casa? A atividade era para os que já tinham experiência e também para os interessados em aprender este ofício. A produção era vendida e o dinheiro arrecadado era revertido para a própria Casa.

Você Sabia?

2. Que a Mocidade Espírita Célia Xavier tinha o seu próprio coral, na década de 80, regido pela Anésia? Os encontros para os ensaios ocorriam após o horário da Mocidade e o número de participantes era grande. A Anésia regia o coral mesclando sua experiência musical com a sua experiência de mãe afetuosa e ao mesmo tempo muito séria, principalmente quando se tratava de orientar os jovens sob os seus cuidados. O coral fazia suas apresentações e todos sabiam cantar todas as músicas daquela época.

Continue acompanhando os registros fotográficos da história dos 40 anos da Mocidade AECX, acessando o álbum online, com novas imagens já disponíveis! Para acessar o álbum, clique aqui.

E se você perdeu alguma parte desta série, acesse os artigos, através dos links abaixo, e confira a matéria completa desde o início!
Atenção: caso você possua fotos e/ou informações relacionadas à Mocidade AECX, ou conheça alguém que possua, por favor, entre em contato conosco e contribua para esta série especial. A sua participação nesta história é muito importante! Contatos: Cristiane Bahia (crisnbmaarrobayahoo.com.br) e Flávio Gonçalves (flaviosouzaarrobagmail.com).

3 comments:

Ana Flávia Vale disse...

Gente, meu tio e meu avô na foto. Tô aqui radiante. Só queria dizer q mesmo de longe eu to acompanhando a comemoração dos 40 anos da mocidade, afinal ainda me sinto parte dela. Ta td muito lindo!!!
Muita saudade e amo vcs!

Anônimo disse...

Queridos companheiros da Mocidade Celia Xavier, agradeço carinhosamente as lembranças de uma vida.rever nossa historia faz parte do nosso crescimento como ser humano,na capacidade de nos emocionar tanto aos 17anos sonhamos,
aos 55anos que me encontro, atravessei e ainda travesso um longo rio de experiencias alegres e triste,momentos bons momentos cruciais, e a fortaleza que possuo, hoje sei que começou aso meus 17 anos quando encontrei a minha ETERNA MOCIDADE AECX.Obrigad minha querida CRIS... e companheiros que fazem desta momento uma beleza da vida....vale a pena viajar no tunel do tempo..
Meu coraçao se curva diante da grandeza do coraçao de cada um de voce.. muita paz.....carinhosamente Sandra Conde ..07-10-08

Anônimo disse...

Gente quando fiquei sabendo dessa comemoração, lembrei dos momentos felizes que vive em minha juventude na Mocidade. Entrei no final do ano de 1984, no 2º ciclo que era Coordenado pela Anésia e Ronaldo Manduca, nessa época eu, Luiz Henrique e Marcelo sempre estávamos juntos. Como minha prima Nívea ficava para o 3º ciclo eu também assistia às reuniões. Na primeira reunião, quando nos apresentamos, era sempre escolhida um padrinho, uma madrinha para nos apresentar a casa, a Rosana foi a nossa madrinha. Depois da reunião o Coral se reunia para os ensaios com a Maestrina Anésia. A primeira tarefa que participei foi da Pesagem de Alimentos quem fez o convite foi a Márcia. Não posso esquecer também os lanches depois da Mocidade no Sukão, na Pizzaria ou no Komilão. E os encontros fraternos, a gente se encontrava na praça sete e íamos todos juntos,eram domingos deliciosos. Aprendi muito da doutrina, de amizade e valores morais nessa casa. Guardo com muito carinho essas lembranças. Vai ser muito bom rever essa turma.