quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Célia Xavier: mentora de nossa Casa

Informações e material cedidos por Ariadne Xavier

19 de novembro de 1916. Nesse dia nasceu Célia Xavier. Nossa Casa Espírita tem o nome de um Espírito iluminado, que viveu apenas 26 anos na Terra.

Foto de Célia Xavier

Célia Xavier nasceu em Belo Horizonte e viveu aqui até os 4 anos. Mudou-se para Ubá com sua família, estudou em um colégio interno em Rio Pomba, assim como suas três irmãs, Elza, Ilza e Mirtes. Célia aprendeu a tocar piano, era uma menina simples e muito dedicada a seus pais, D. Orlanda Reis Xavier e Sr. José Pinto Xavier.

No ano de 1930, Célia tinha apenas 14 anos, quando sofreu um derrame, que fez com que o lado esquerdo do seu corpo não pudesse se mover. Voltou para Belo Horizonte, onde a família teria condições de conseguir um tratamento melhor.

Durante o período em que esteve impossibilitada de se movimentar, Célia exemplificou, com firmeza e determinação, que as limitações eram desafios à sua força de vontade para vencer sobre si mesma e triunfar sobre a dor. Célia começou a fazer trabalhos manuais e montou um grupo de costura em sua casa. O grupo produzia roupas para oferecer a pessoas necessitadas.

Encaminhada pelo Sr. Loreto Flores, a família de Célia começou a freqüentar um centro espírita onde hoje funciona o Centro Oriente.

Aos 26 anos, o estado de saúde de Célia agravou-se, mas ela manteve-se firme no seu trabalho, enquanto as forças lhe permitiram.

Célia Xavier desencarnou no dia 1º de agosto de 1943, em sua casa, amparada por sua família terrena e pelos amigos espirituais.

Em 30 de dezembro de 1945, Célia enviou uma mensagem mediúnica por meio do Sr. Pedro Machado. A partir dessa mensagem, teve origem o Centro Espírita Célia Xavier. Veja o início da mensagem:

“Meus amigos, Jesus vos abençoe os esforços de trabalhadores sinceros de sua Santa Seara.

Neste banquete de luz cristã, a minha humilde presença não podia passar despercebida e aqui estou a fim de transmitir-vos a minha palavra despretensiosa.

Meus irmãos, sou pobre no sentido de agradecer o que tendes realizado em meu nome, todavia, o verdadeiro reconhecimento é aquele que se não faz com palavras e atos exteriores, mas guardando no cofre do coração o depósito de uma gratidão imorredoura.

Neste momento de vibrações alegres de nossos corações fraternos, eu perquiri o meu próprio ser e deixei vagar pelo âmbito estas perguntas: ‘por que tudo isso em meu nome? Acaso eu, tão pequenina, mereça tão grande coisa?’”

Leia a mensagem completa clicando aqui.

A Casa começou a funcionar na residência dos pais de Célia, no bairro Barro Preto, em 1945. Depois de passar por outros endereços, no ano de 1951, instalou-se no endereço onde funciona até hoje.


Veja abaixo a capa do informativo produzido pela Mocidade AECX, no ano de 1991, cujo tema principal foi a vida de Célia Xavier.

Capa do informativo "Eterna Mocidade", de 1991

Na capa, lê-se: “Qual de nós sabe atualmente quem é Célia Xavier, o que fez e por que a Casa tem o seu nome? Muitos de nós simplesmente freqüentamos a casa, sem nos preocuparmos com sua memória. Em nome dessa memória e da necessidade de informar os fatos de nosso interesse, é que procuramos informações necessárias para trazer aqui uma matéria especial com várias reportagens sobre o assunto.”

É isso que fazemos aqui hoje também: buscar conhecer um pouco melhor a história daquela que dá o nome à Casa que nos acolhe.

Somos gratos a Célia Xavier por sua passagem pela Terra. De seus ensinos, o que mais nos marca a memória e o coração é sua famosa frase, que está estampada na parede de nossa Casa: “Espiritismo e personalismo são dois pólos que não se tocam”.

O Blog homenageia a nossa querida amiga Célia Xavier e incentiva a todos os jovens da mocidade para pesquisarem e conhecerem mais a fundo a história dessa mulher que leva o nome da nossa Associação.